A cada mudança de comportamento social verificada, se atribui uma nova geração. Como o consciente coletivo mantém sua mutação constante, muitas vezes um rótulo pode não traduzir efetivamente o que ocorre no dia a dia da sociedade, porém é importante separar em blocos geracionais mesmo que não sejam tão precisos, pois facilitam a compreensão e os estudos que nos permitem manejar com maior efetividade as mudanças a que estamos submetidos.
Frente a está realidade, atualmente as organizações estão sendo comandadas por pessoas das gerações Baby Boomers (nascidos entre os anos de 1960 e 1970) e X (nascidos entre meados da década de 1960 e o início da década de 1980). Já as pessoas que ocupam vagas de estágio são das gerações Y (grupo composto por aqueles nascidos entre a década de 1980 e 1990) e Z (pessoas nascidas, em média, entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010).
As diferenças de comportamento entre estas 4 gerações são muitas, e não raros conflitos aparecem exigindo uma gestão complexa para minimizá-los e num cenário mais maduro, anulá-los.
Vamos nos ater especificamente nas gerações que ocupam vagas de estágio, buscando identificar comportamentos e sugerir melhorias, reduzindo assim os conflitos com as gerações mais antigas que ocupam cargos de gestão atualmente.
Algo muito comum na realidade dos departamentos de RH, quando o assunto é recrutamento e seleção, são as faltas as entrevistas marcadas e confirmadas pelos recrutadores onde jovens perdem oportunidades por não comparecerem demonstrando descaso, falta de comprometimento e irresponsabilidade.
A dificuldade começa um pouco antes, quando da marcação das entrevistas. Verifica-se que os jovens da geração Z não atendem seus telefones, não retornam e-mails e ignoram mensagens de aplicativos. Percebemos ser mais fácil “falar” com estas pessoas através de mensagens de WhatsApp por exemplo, do que por ligação.
Então como proceder frente a este desafio?
A solução não é uma só. Alcança-se resultados melhores com uma combinação de soluções que passam por comunicar com estes jovens por redes sociais, e-mails, deixar recados com familiares e insistir até que o contato seja estabelecido. O problema é isto consome tempo e paciência das gerações mais antigas, estabelecendo assim um conflito que se repete nas empresas.
A notícia boa é que, como dito acima, a classificação por gerações não é precisa e é possível garimpar jovens comprometidos e responsáveis.
Uma forma de alcançar os jovens é comunicar através de outros jovens, facilitando uma identificação por linguagem e comportamento e assim obter resultados melhores.
E como criar a consciência de responsabilidade nos jovens? Será mesmo que não estão comprometidos? Será que somos nós, os mais antigos, que estamos com dificuldade de comunicar com este mundo mais rápido e tecnológico onde os meios de se conectar com as pessoas mudaram?
São muitas as perguntas, mas focados no nosso assunto a resposta é, sim.
Sim, é possível engajar o jovem da atualidade nas responsabilidades do estágio. Para isso, é preciso questioná-lo, provocá-lo a participar e acima de tudo, dar ouvidos ao que eles têm a dizer, trazendo-os para dentro dos projetos e fazendo que se sintam parte integrante das soluções, com tarefas bem definidas e programadas. Desta forma verificamos, observando casos concretos que pesquisamos em nossos clientes, que o engajamento é superior à média, os resultados são expressivos e os conflitos minimizados.